São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 1994
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Bolsas de Valores vivem dia nervoso

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

O mercado acionário esteve agitado ontem. A proximidade do vencimento de opções (dia 15) provocou nervosismo e boataria na Bolsa paulista, que registrou o maior volume do Plano Real: R$ 497,3 milhões.
Os boatos eram de renúncia de Ricupero a uma eventual divulgação por Quércia de denúncias contra Fernando Henrique. As Bolsas despencaram. O índice Senn (Rio) caiu 1,5% e o indicador da Bolsa paulista recuou 0,49%.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o mercado esteve nervoso. O volume financeiro atingiu o recorde de R$ 7,71 bilhões. O recorde anterior foi em 15 de abril (R$ 5,8 bilhões). Houve também recorde financeiro no mercado de DI e do dólar comercial.
Os juros ficaram estáveis. O Banco Central já havia sinalizado a taxa do over a 5,28% até amanhã.
O mercado do dólar comercial registrou ontem na média cotações abaixo de R$ 0,90.
O Banco Central exigiu que os bancos iniciassem o Plano Real "zerados". A entrada de dólares já está superando a saída em US$ 600 milhões. Sobram dólares no mercado financeiro e as cotações caem.
A dúvida no mercado é de até quando o Banco Central deixará as cotações caírem sem realizar intervenções.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 0,128% no último dia 5. A taxa média do over foi de 5,29% ao mês, significando rendimento diário de 0,18%, projetando rentabilidade de 4,18% no mês. No mercado de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa média foi de 5,29% ao mês.

CDB e caderneta
As cadernetas rendem 4,7246% no dia 10. As taxas dos CDBs para o prazo de 122 dias indexados à Taxa Referencial variaram entre 12% e 18% ao ano. As taxas dos CDBs prefixados para 30 dias variaram entre 18% e 48,4% ao ano.

Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa foi de 5,52% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): as taxas ficaram entre 47,5% e 55% ao ano.

No exterior
Prime rate: 7,25%. Libor: 5,2500%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: o índice fechou a 45.582 pontos com baixa de 0,49% e volume financeiro de R$ 497,32 milhões, contra R$ 267,213 milhões no pregão anterior. Rio: queda de 1,5% (I-Senn), fechando com 17.624 pontos e volume financeiro de R$ 34,81 milhões, contra R$ 24,699 milhões no pregão anterior.

Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou a 3.755,76 pontos, contra 3.753,81 pontos no pregão anterior. O índice Financial Times em Londres fechou a 2.474,10 pontos, contra 2.477,00 no pregão anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.590,22 pontos, contra 20.635,83 pontos no pregão anterior.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,889 (compra) e R$ 0,891 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,904 (compra) e R$ 0,906 (venda). "Black": R$ 0,88 (compra) e R$ 0,90 (venda). "Black" cabo: R$ 0,90 (compra) e R$ 0,91 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,88 (compra) e R$ 0,91 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: baixa de 0,55%, fechando a R$ 10,90 o grama na BM&F, movimentando 1,83 tonelada, contra 686 quilos no dia anterior.

No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres a libra foi cotada ontem a US$ 1,5385, contra US$ 1,5427 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5815 marco alemão, contra 1,5808 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 101,43 ienes, contra 100,44 no dia anterior. A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 377,50, contra US$ 376,70.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para agosto fechou a 3,84% ao mês, a 3,34% para setembro e a 3,47% para outrubro.
No mercado futuro de dólar, a cotação foi de R$ 0,914 para 31 de agosto, R$ 0,935 para 30 de setembro, R$ 0,957 para 31 de outubro e R$ 0,974 para 30 de novembro.
O índice Bovespa no mercado futuro foi cotado a 46.000 pontos para 17 de agosto com expectativa de valorização de 4,67%.
O índice Bovespa no mercado futuro para outubro fechou a 48.800 pontos com valorização de 4,65%.

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