São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 1994 |
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GM reduz produção do Corsa em julho
ARTHUR PEREIRA FILHO
A montadora entregou aos revendedores no mês passado apenas 4.660 carros "populares", contra os 5.721 produzidos em junho. No mesmo período, a produção do Corsa GL 1.4 (lançado em junho) cresceu 56%. O GL 1.4 custa na tabela R$ 11.950,00 e é R$ 4.600,00 mais caro do que o "popular"(R$ 7.350,00). No mês passado, o GL 1.4 representou 23,5% dos 6.097 Corsa produzidos. Em junho, essa participação era de 13,8% (921 carros, de um total de 6.642). Segundo a assessoria de imprensa da montadora, a redução de oferta do Corsa "popular" foi causada por defeito em uma das máquinas responsáveis pela fabricação dos motores 1.0. Eles deixaram de ser produzidos durante "alguns dias". Além disso, houve um dia útil a menos no mês, devido a um feriado em São José dos Campos (SP), onde é produzido o Corsa. O 'mix' estabelecido pela montadora prevê que a produção do Corsa 1.0 represente 70% a 75% do total e o GL 1.4, 25% a 30%, "dependendo da exigência do mercado"'. A GM acredita que, em breve, o Corsa 1.4 irá se beneficiar da isenção de IPI válida atualmente para carros "populares", com motores de mil cilindradas. Segundo a montadora, essa é uma das cláusulas de acordo feito entre a empresa e o governo, quando foi decidida a produção do Corsa. Em julho, a Volkswagen e a Ford aumentaram a produção dos seus carros "'populares". O Gol 1.000 vendeu no atacado 11.727 unidades, 3.000 a mais do que no mês anterior. A Ford aumentou em 25% a produção do Hobby 1.0 e bateu o recorde do ano, com 4.399 unidades comercializadas. As vendas do Mille Electronic e ELX atingiram 15.822 unidades, 93,5% da produção de carros da linha Uno. O total de carros "populares" colocados no mercado em julho representou 47,6% da produção de automóveis do período. Queda de vendas A GM foi a montadora que registrou a maior queda de vendas em julho. No varejo, a participação de mercado da fábrica caiu de 23% para 18%. A empresa responsabiliza as altas taxas de juros e os "efeitos da fase de introdução do real" pelo fraco desempenho e diz que o segmento dos carros "médios e de luxo" foi o mais prejudicado. "Entendemos que, a partir de agosto, o mercado estará se normalizando e com isso vamos melhorar substancialmente nossa participação de mercado", disse o vice-presidente da GM, André Beer. Texto Anterior: Bolsas de Valores vivem dia nervoso Próximo Texto: Governo discute combate ao ágio Índice |
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