São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 1994 |
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Crediário mais longo incentiva compras Consumidor busca prestação baixa MÁRCIA DE CHIARA
Maria Júlia dos Santos, 41, que ganha R$ 64,79 como empregada doméstica, quer comprar um dormitório pelo crediário. "O rendimento da poupança está muito baixo e vale a pena gastar", diz Maria Júlia. Na segunda-feira, ela foi às compras: adquiriu uma calça por R$ 10 na loja Japão Society, em Pinheiros. Joana Formigone, 40, dona da loja, comemora o sucesso de vendas do sábado, quando faturou R$ 7.500. Normalmente, vende R$ 2.500 nesse dia. Maria Júlia comprova o que os economistas previam. O consumidor de baixa renda está preocupado em saber se a prestação cabe dentro do salário, apesar da taxa de juro alta. Miguel Araújo, vendedor da loja A Barateira, vai mais longe para convencer o cliente a embarcar no crediário. Além de o valor da prestação ser fixo em real, o que, segundo ele, dá alguma segurança, em ano de eleição o governo não deve mexer no salário. Resultado: desde a troca de moeda, as vendas financiadas em nove vezes representam 95% dos negócios de sua loja. No último sábado, por exemplo, ele bateu o recorde de vendas. Araújo atendeu 26 clientes, quando normalmente não passam de seis.(MCh) Texto Anterior: Consumo classe C deve girar US$ 10 bi Próximo Texto: Mínimo maior amplia vendas, diz empresário Índice |
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