São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 1994 |
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Estréia nova versão de 'Sua Excelência'
ANA BEATRIZ BRISOLA
De: Marcos Caruso e Jandira Martini Direção: Bibi Ferreira Com: Fulvio Stefanini, Carlos Capelety, Paulo Hesse e outros Onde: Teatro Imprensa (r. Jaceguai, 400, centro, tel. 011/239-4203) Quando: Estréia hoje, às 21h. Qui. e sex. às 21h. Sáb. às 20h e 22h15. Dom. às 19h Quanto: Qui. e dom. R$ 10,00. Sex. R$ 12,00 e sáb. R$ 15,00 "Sua Excelência, O Candidato", de Marcos Caruso e Jandira Martini, estréia hoje, às 21h, no teatro Imprensa. Estréia porque os autores consideram que sob a direção e orientação de Bibi Ferreira, "Sua Excelência, O Candidato" se tornou um novo espetáculo. A peça se passa dentro da sala de estar do luxuoso apartamento de um candidato hipotético, pois não se sabe a que cargo ele aspira, num dia em que todas as suas falcatruas e deslizes na vida pessoal vêm à tona. Ele passa o tempo todo tentando driblar as situações para evitar um escândalo que inviabilizaria o apoio de um grande empresário à sua candidatura. No papel do candidato, Fulvio Stefanini considera que o texto é "uma delícia por ser muito bem escrito, e também muito atual pois serve para que as pessoas percebam como é o relacionamento de políticos desta estirpe, ou seja, envolvidos em esquemas de corrupção, com as pessoas, o partido, o poder e a própria vaidade". No entanto, tudo isso vem sempre tratado com o humor inteligente dos autores, "que fazem da peça uma grande comédia", diz. A diretora Bibi Ferreira também tece elogios dizendo que gostaria de poder representar um dia este "humor tão verdadeiro e autêntico". Ela considera que o candidato é atual porque o Brasil não mudou e porque ele aglomera, em sua personalidade representativa, os defeitos da nossa classe política. Quanto às eleições, não estabelece uma relação direta com a estréia, mesmo porque faz questão de deixar claro que não se faz referência alguma aos candidatos reais. "Pessoalmente, sou Fernando Henrique mas, qualquer que seja o resultado, espero que a peça continue". Os autores, que escreveram também "Porca Miseria" em dupla e, separadamente, "Trair e Coçar..." (Marcos Caruso) e "A Vida é uma Ópera" (Jandira Martini), compartilham a opinião de que a atualidade do texto se deve à realidade do país. Além disso, eles estabelecem uma relação com o texto posterior: "São políticos como este candidato da peça que fazem com que a classe média esteja na miséria". Texto Anterior: Cantor introduziu som negro na MPB Próximo Texto: Exposição mostra design de SP Índice |
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