São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 1994
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Na mesa de operações

Candidato a vice-governador de São Paulo pelo PSDB, Geraldo Alckmin sustentava há dias, numa roda de políticos, a tese de que o prefeito é o administrador público que sofre cobrança mais direta da população. Para reforçar sua posição, decidiu contar uma experiência própria.
Prefeito de Pindamonhangaba no início da década de 80, Alckmin continuava a exercer a profissão de médico-anestesista na cidade, revezando-se com três colegas nos plantões de fim-de-semana. Num sábado, foi chamado a participar de um parto.
O médico-prefeito aplicou a anestesia raquiana, de forma que a paciente ficou consciente. Tudo correu muito bem e a criança nasceu sem qualquer problema.
Alckmin já se preparava para sair da sala de operações quando outro médico lhe disse que a paciente queria falar com ele. O prefeito aproximou-se da mulher, convencido de que ouviria um agradecimento pela ajuda no parto.
Ela pediu que ele chegasse mais perto e disparou:
– Ô, prefeito, quando é que o senhor vai botar esgoto lá no Jardim Rezende?

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