São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 1994 |
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Estudo culpa Benetton por incêndio na Alemanha
ANDRÉ LAHOZ
É isso o que afirma o comunicado de imprensa da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgado ontem. Segundo a FIA, que se baseou em um estudo da empresa Intertechnique, responsável pelas investigações após o incêndio, "a existência de um corpo estranho não permitiu que o reabastecimento ocorresse conforme o previsto". "Parece que esse corpo estranho ali estava pela retirada deliberada de um filtro de segurança, que serve exatamente para eliminar esse risco", diz o comunicado. A retirada do filtro de segurança permitiria maior vazão do combustível e, portanto, um reabastecimento mais rápido. Ainda ontem, a Benetton reconheceu ter retirado o filtro (leia texto ao lado). A equipe deverá se apresentar no dia 19 de outubro perante o Conselho Mundial do Esporte Automobilístico para responder à acusação de ter alterado seu equipamento. No próprio dia 19, o conselho deverá anunciar o resultado do julgamento. O porta-voz da FIA, Francesco Longanesi, não quis adiantar qual o tipo de punição que a Benetton poderá ter, se a suspeita se confirmar. "Cada caso é um caso", disse Longanesi. Mas admitiu que essa pena pode até mesmo ser a de desqualificação da equipe da temporada. A FIA não quis comentar a possibilidade de o GP da Itália não ocorrer, após o governo lombardo (autoridade da região onde fica o circuito) ter rejeitado o plano de reforma da pista, que incluía o corte de árvores. Mas o porta-voz da FIA afirmou estar pessimista sobre o GP. "Me parece que o GP da Itália está mais perto de não ocorrer do que de ocorrer." Texto Anterior: Erros nos passes atrapalham time Próximo Texto: Acidente é a terceira polêmica da Benetton Índice |
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