São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Fim da reserva amplia oferta

RODOLFO LUCENA
DA REPORTAGEM LOCAL

Primeiro ano depois do fim da reserva de mercado na área de informática, que restringia a atuação de empresas estrangeiras no país, 1993 ainda foi um período de experiências para fabricantes e usuários de computadores.
Começaram a chegar novas marcas de microcomputadores, fabricantes que mantinham apenas escritórios ou sequer tinham representantes no país decidiram estabelecer um vínculo mais forte com o mercado, que não é pequeno (veja gráficos ao lado).
Compaq, Apple e IBM, líderes mundiais em micros, trouxeram o peso de suas marcas para disputar a preferência dos usuários. HP e Epson, as grandes em periféricos, especialmente impressoras, também disseram presente.
Graças a uma política agressiva de preços e grandes vendas corporativas, a IBM, através da MC&A (associação com o grupo Machline agora chamada PC Company), obteve o primeiro lugar em vendas de microcomputadores.
As empresas nacionais do setor demonstraram que não pretendem deixar o posto sem luta. Alfa Digital e Itautec ocuparam as posições seguintes, com pequena diferença em relação à IBM.
Outra novidade foi a abertura de mais lojas especializadas em informática e a criação, em lojas de departamentos, de seções de vendas de microcomputadores, periféricos e acessórios.
O aumento da oferta, inclusive com micros montados pelas próprias lojas, aliado a uma tendência histórica na área de informática, provocou queda nos preços.
Em fevereiro de 1993, um microcomputador 486SX de 25 MHz (ou 40 MHz), com memória RAM de 4 Mbytes, disco rígido de 100 ou 120 Mbytes e monitor monocromático padrão SVGA, custava em média US$ 2.378.
Em dezembro, segundo mostra pesquisa do empresário Rui Campos, vice-presidente da Automática, o mesmo computador custava em média US$ 1.872 –uma queda de mais de US$ 500 em dez meses.
No ano, a queda média dos preços dos micros foi de 26%, de acordo com a pesquisa. Os micros fabricados no país custaram em 1993, em média, 30% mais baratos que os importados.
Os micros 486 (SX e DX) chegaram ao final do ano superando em vendas os modelos 386, que custam menos, mas têm pior desempenho. O modelo mais procurado em dezembro de 93 foi o 486SX, com 45% das vendas.

Texto Anterior: Veja qual foi a metodologia usada
Próximo Texto: Pirataria disputa mercado com as empresas que vendem software
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.