São Paulo, sábado, 13 de agosto de 1994 |
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Benefício é 20 vezes maior no Legislativo e Judiciário
GILBERTO DIMENSTEIN
Este valor, segundo documentos obtidos pela Folha, é 20 vezes maior que as aposentadorias dos cidadãos comuns (média 1,8 salário mínimo). No setor rural é de um mínimo e nas cidades é de 2,1 mínimos. Os aposentadorias e pensões do funcionalismo são motivo de preocupação dentro do governo federal. Seus valores crescem a cada ano, comprometendo o orçamento. A Constituição trouxe mais benefícios aos servidores que, ao se aposentarem, ganham um acréscimo em seus rendimentos. O gasto anual com todas as aposentadorias este ano é de R$ 9 bilhões. Segundo o documento, 40% das despesas do funcionalismo são drenadas para pagamentos de inativos e pensionistas. Relatórios do Ministério da Educação indicam que, em cinco anos, todo o orçamento destinado a pessoal será exigido apenas para o pagamento com os aposentados. Os valores destinados aos servidores do Executivo são inferiores à média nacional, mas bem superiores aos dos benefiários do INSS: 5,4 mínimos. A média dos servidores federais civis é de 6,4 mínimos, englobando Executivo, Judiciário e Legislativo. Não se incluem neste levantamento as estatais, cujos empregos são beneficiários de pensões sustentadas, em larga parte, com recursos públicos. A Previdência vêm produzindo relatórios indicando aumento no pagamento de benefícios. De fevereiro a agosto de 1992, foram gastos R$ 8,1 bilhões. Em igual período deste ano, o valor previsto é de R$ 14 bilhões. Para este ano não haverá desequilíbrio nas contas da Previdência. Mas já existem previsões de rombos em 1995. A arrecadação também aumentou, devido ao aquecimento da economia, combate à sonegação e fraudes –mas não na mesma proporção dos gastos. Só com a queda da inflação, os cofres da Previdência deixaram de arrecadar mensalmente R$ 160 milhões. Antes da implantação da URV, eles deixavam o dinheiro rendendo no mercado financeiro antes de realizarem o pagamento. Texto Anterior: Bolívia e Chile devem assina acordo em 94 Próximo Texto: Aviação civil começa com divergências Índice |
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