São Paulo, sábado, 13 de agosto de 1994 |
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Torneio tem poucas inovações
DA REPORTAGEM LOCAL O Campeonato Brasileiro nunca foi rico em inovações táticas. As equipes que marcaram época na competição, no entanto, se destacaram por apresentar idéias um pouco à frente das demais concorrentes.O Palmeiras, que foi bicampeão brasileiro em 72/73, era uma equipe ortodoxa na maneira de jogar, especialmente na marcação. O técnico Osvaldo Brandão não queria correr riscos. Jogava com dois laterais e dois zagueiros de área típicos. A única exceção era o zagueiro Luís Pereira, que resolvia desobedecer o treinador para tentar o gol, principalmente em cobranças de escanteio. O time tinha ainda Dudu como cabeça-de-área que cuidava do meio-campo, Ademir da Guia criando jogadas de ataque na meia-esquerda e dois pontas abertos. O Internacional de Rubens Minelli, bicampeão em 75 e 76, tinha seu ponto forte na defesa. O chileno Figueroa ficava sempre na sobra. Os meias Falcão e Caçapava protegiam a zaga. E o ataque dependia de Dario e Valdomiro. Sob o comando de Cláudio Coutinho, o Flamengo chegou ao seu primeiro título brasileiro, em 1980, apresentando um futebol de concepção mais moderna e arrojada. O lateral esquerdo Júnior, que mais tarde se tornaria meio-campista, já avançava por esse setor, para ajudar Zico, Adílio ou Carpegiani. Já o Fluminense do técnico Carlos Alberto Parreira, que foi campeão em 84, jogava com quatro homens reforçando o meio-campo (Jandir, Delei, Romerito e Assis) e dois atacantes fixos, Washington e Tato. O último time a mostrar uma disposição em campo inovadora foi o São Paulo de Telê Santana, no início desta década. Os laterais passaram a cumprir integralmente seu papel ofensivo. Texto Anterior: Brasileiro não tem novas táticas Próximo Texto: Flamengo vive melhor fase de sua história com o talento de Zico Índice |
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