São Paulo, sábado, 13 de agosto de 1994 |
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IPC registra inflação de 2,96%em 10 dias;Dieese
DA SUCURSAL DO RIOE DA REDAÇÃO IPC registra inflação de 2,96% em 10 diasÍndice anunciado ontem pela FGV é primeiro que não tem influência de aumentos ocorridos antes do real A FGV (Fundação Getúlio Vargas) registrou de 1 a 10 de agosto uma inflação de 2,96%, medida pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) Brasil (ponta a ponta). É o primeiro índice de inflação que não tem nenhuma influência de aumentos de preços anteriores ao real. A FGV comparou os preços coletados com os de 1 a 10 de julho. Os maiores responsáveis pela alta foram os transportes, com 5,25%, os alimentos, com 4,73%, e a habitação, com 3,68%. Entre os alimentos, as frutas, com 40,54%, as hortaliças, com 25,36%, e o pescado fresco, com 14,67%, foram as maiores altas. A maior baixa ficou com o item massas e farinhas, com queda de 7,68% nos preços. No grupo habitação, a alta foi liderada pelos tributos e seguro imobiliário, com 12,23%. Os aluguéis aumentaram 7,93% e tiveram o maior peso específico na composição do índice, com 0,35 ponto. O grupo vestuário foi o que registrou a maior variação negativa, com queda de 0,95% nos preços. As roupas para homens registraram queda de l,94% nos preços. Também tiveram inflação negativa os grupos educação, leitura e recreação, com queda de 0,51%' e despesas diversas, com 0,42%. O grupo saúde e cuidados pessoais registrou uma inflação positiva de 0,53%. Dieese O Índice de Custo de Vida (ICV) teve alta de 7,59% em julho, na cidade de São Paulo, segundo apurou pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos). A taxa é para as famílias com rendimento mensal entre um e 30 salários mínimos. Para famílias com rendimento entre um e três salários mínimos, a variação foi de 6,28%. E para as de um a cinco salários mínimos, 7,12%. Segundo o Dieese, a aceleração da taxa reflete a remarcação de preços ocorrida às vésperas da troca da moeda, principalmente na segunda quinzena de junho. A taxa resulta da comparação da média dos preços que compõem os itens do orçamento doméstico de julho com a de junho. Em julho, as maiores altas de preços por grupo pesquisado ficaram para Vestuário (12,06%), Habitação (11,36%), Saúde (8,61%) e Alimentação (8,11%). No grupo Alimentação foram as hortaliças, que tiveram sua produção afetada pelas geadas, que pressionaram o índice. O item teve alta de 91,96%. Frutas (32,91%) e pescados (21,46%) também pressionaram o índice. Os gastos com alimentação foram de casa subiram 16,79% em julho. Nos últimos 12 meses, a alta acumulada do ICV é de 5.761,99% para a faixa de um a 30 mínimos. Para as demais faixas o aumento acumulado ficou em 5.542,62% (um a três mínimos) e 5.644,07 (um a cinco mínimos). Na variação anual, os maiores aumentos ocorreram nos grupos Despesas Diversas (11.673,54%), Saúde (7.256,63%) e Educação e Cultura (6.103,02%) Texto Anterior: Preços mantêm queda nos supermercados Próximo Texto: Deputado vai à Justiça contra aumento de tarifa bancária Índice |
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