São Paulo, domingo, 14 de agosto de 1994
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Supermercado se arma para vender 12% a mais

MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os grandes supermercados paulistas já têm um plano traçado para ganhar o consumidor dos tempos do real e fechar 1994 com crescimento de até 12% nas vendas sobre o ano anterior.
"Agosto deve ter uma ligeira alta entre 1% e 2% sobre julho. Em setembro, o crescimento deve chegar a 3%", prevê o Firmino Rodrigues Alves, vice-presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados).
O Sincovaga, que reúne 35 mil pontos de venda de alimentos no Estado de São Paulo, é mais otimista. Espera em agosto um aumento de 10% sobre julho.
Para reverter a queda no primeiro semestre de 5% nas grandes redes e de 19% nas pequenas, as empresas já começam por em prática parte da sua estratégia: a alteraram o mix de produtos, intensificaram promoções e pretendem melhorar o atendimento ao cliente.
Os grandes redes apostam no crescimento dos produtos básicos.
Por isso, aumentaram as promoções de básicos para segurar a clientela que costumava comprar grandes volumes para aproveitar o preço antes da virada da tabela.
Hoje com prazos mais dilatados, as ofertas dos básicos estão em alta em sua loja. Mais: as promoções são ininterruptas.
"Antes tinha uma folga de cinco dias entre uma promoção e outra", diz Castro. A empresa também mais que dobrou o número médio de produtos em oferta.
Outra arma para vencer guerra de preços dos básicos é a volta dos produtos com a marca própria do supermercado. Como não incluem gastos com propaganda, são mais baratos e atraem clientes.
"As marcas próprias devem voltar com mais força", diz Marcos Gouvêa de Souza, consultor.
A participação dos importados deve crescer ainda mais, segundo Alves, da Apas.
Com o fim do ganho financeiro, patrocinado pela inflação, o preço do pequeno supermercado deve ficar muito próximo do grande.

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