São Paulo, domingo, 14 de agosto de 1994
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Equador dá asilo para informante iraniano; Anúncio de atentado alarma os argentinos; ONU prepara ultimato ao governo haitiano; Tumulto em igreja mata 150 no Congo; Sérvios atacam posto de armas da ONU; Israel nega contatos de paz com Iraque; Premiê japonês critica ministro sobre guerra; Acordo EUA-Coréia é bem recebido na Ásia; Bossi faz as pazes após criticar Berlusconi

Equador dá asilo para informante iraniano
O governo do Equador concedeu asilo político ao diplomata iraniano Manoucher Moatamer, considerado o principal informante do governo argentino sobre o atentado a bomba de 18 de julho em Buenos Aires. Antes de chegar ao Equador, Moatamer teria passado pela Venezuela.

Anúncio de atentado alarma os argentinos
Causou inquietação na Argentina o anúncio de que novo atentado terrorista poderia ser cometido contra alvos judaicos. Rádios e jornais receberam milhares de telefonemas, prédios tiveram de ser evacuados após boatos de bombas. A polícia do Uruguai também entrou em alerta.

ONU prepara ultimato ao governo haitiano
O Conselho de Segurança da ONU se prepara para dar um ultimato aos militares golpistas haitianos, informaram fontes do governo norte-americano. Seria a última chance para que o general Raoul Cedras e outros autores do golpe de Estado de 1991 deixassem o poder pacificamente.

Tumulto em igreja mata 150 no Congo
Pelo menos 150 pessoas morreram pisoteadas ou asfixiadas anteontem durante tumulto em uma igreja de Brazzaville, no Congo. O número de vítimas pode crescer, porque há muitos feridos graves entre as 1.500 pessoas que assistiam a cerimônia na igreja de Saint-Pierre-Claver.

Sérvios atacam posto de armas da ONU
Forças de sérvios da Bósnia tentaram invadir três depósitos de armas de forças de paz da ONU nos arredores de Sarajevo, mas foram rechaçados, informou ontem um porta-voz das Nações Unidas. Os sérvios bósnios tentavam retomar parte de seu armamento pesado entregue à ONU para formar uma zona de segurança ao redor da capital.

Israel nega contatos de paz com Iraque
Binyamin Ben Eliezer, ministro israelense da Habitaçõa, negou que seu governo tenha mantido contatos oficiais com o Iraque em busca de um acordo de paz. Os encontros anunciados anteontem por emissoras de TV de Israel teriam ocorrido por iniciativa do governo iraquiano.

Premiê japonês critica ministro sobre guerra
O premiê japonês, Tomiichi Murayama, repreendeu o ministro do Meio Ambiente, Shin Sakurai, por ter defendido o papel do Japão na Segunda Guerra Mundial. }Foi um comentário deplorável, disse Murayma. O Japão também pediu desculpas à China pelas declarações, segundo a imprensa japonesa.

Acordo EUA-Coréia é bem recebido na Ásia
Países asiáticos (China, Coréia do Sul e Japão) reagiram favoravelmente à notícia do acordo celebrado anteontem em Genebra entre a Coréia do Norte e os Estados Unidos sobre a questão nuclear. Ontem, um ministro norte-coreano revelou que o líder Kim Jong-il, filho e sucessor de Kim Il-sung, já governava de fato o país há 20 anos.

Bossi faz as pazes após criticar Berlusconi
O líder da Liga Norte, Umberto Bossi, aceitou a tentativa do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi de fortalecer a coalizão que governa o país, em meio a uma crise política que fez cair a cotação da moeda do país, a lira. Após críticas dirigidas a Berlusconi, os dois se encontraram secretamente e apertaram as mãos.

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