| São Paulo, domingo, 14 de agosto de 1994 |
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Natal à italiana, por Monicelli
ANSELMO CHERÉ No final do ano passado, enquanto várias salas eram bombardeadas com filmes orientais, cheios de poesia, harmonia e pureza, do Ocidente –ou mais precisamente, da Itália–, surgia um filme com humor cáustico, desengonçado e fanfarrão: "Parente É Serpente". O cenário é uma festa de Natal que reúne toda a família Colapietro, com seus tipos típicos: a adolescente que sonha ser uma bailarina famosa, o avô esclerosado, o tio solteirão. O festim transcorre normalmente até que a matriarca da família, vovó Trieste (Pia Velsi), comunica aos presentes que ela e o marido já estão muito velhos para viverem sozinhos –e que gostariam de morar com um de seus filhos. A proposta gera uma briga familiar sem precedentes, até que se chega a uma solução nada convencional. Dirigido por Mario Monicelli –mestre do humor italiano que tem em seu currículo filmes como "O Incrível Exército de Brancaleone" e "O Quinteto Irreverente"–, "Parente É Serpente" questiona a situação dos idosos em uma sociedade mais preocupada com o presente que com o futuro. O resultado é uma comédia que diverte, mas que também traz um poderoso alerta para todos os que têm ou planejam ter uma família. –A.C.Parente É Serpente. (Parenti Serpenti). Itália, 1993. Direção: Mario Monicelli. Com Tommaso Bianco, Marina Confalonde, Renato Cechetto e outros. Duração: 100 minutos. Look Filmes. Tel. 536-9366. Preço: R$ 55,00. Texto Anterior: Arroz e feijão no festival japonês Próximo Texto: Ursa recebe trio da máquina 4 Índice |
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