São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 1994
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Petrobrás pode obter aumento 'disfarçado'

SÔNIA MOSSRI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Petrobrás reivindica reajuste de 5% nos preços dos combustíveis. Para evitar que este aumento seja concedido às vésperas das eleições, os ministérios das Minas e Energia e da Fazenda estão dispostos a adotar mecanismos para maquiar o reajuste.
As equipes dos dois ministérios entedem que este aumento pode prejudicar a candidatura governista de Fernando Henrique Cardoso à Presidência e abalar a credibilidade do Plano Real.
Para que o aumento não seja repassado ao consumidor, o ministro das Minas e Energia, Alexis Stepanenko, pretende reduzir a alíquota do Imposto de Importação sobre petróleo pago pela Petrobrás.
O Imposto de Importação significa para a estatal um repasse mensal de US$ 50 milhões ao Tesouro.
Uma das propostas é reduzir a alíquota dos atuais 38% para 17%. A estatal economizaria US$ 25 milhões por mês.
Além disso, Fazenda e Minas Energia querem autorizar a Petrobrás a cobrar encargos financeiros (juros) nas compras à prazo.

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