São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 1994
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Lançamentos trazem clássicos e didáticos

DA REDAÇÃO

Os ensaios filosóficos que o leitor encontrará na Bienal oscilam entre o didatismo e a sofisticação. O maior destaque fica para "Fenomenologia da Percepção", um clássico de Merleau-Ponty que ganha nova tradução pela Martins Fontes.
Outra importante obra retraduzida é "Sobre a Violência", de Hannah Arendt, que analisa a emergência dos Estados totalitários. O livro tem prefácio do cientista social brasileiro Celso Lafer, que foi aluno da filósofa nos EUA.
Entre os inéditos, a última obra de Jacques Derrida merece especial atenção. Recém-lançada na França, o livro faz uma ousada e independente releitura de Marx, em plena era de derrocada do comunismo.
No outro extremo da complexidade teórica, destacam-se os dois livros de Marilena Chaui. Sem abdicar do rigor, eles abrem para o leitor as portas do universo da filosofia, a partir de autores clássicos e de temas que permeiam a vida social e a política contemporâneas.
Um dos livros de Chaui –"Introdução à Filosfia"– é parte do projeto editorial mais amplo de um curso básico da disciplina. O outro, "Convite à Filosofia"', é uma defesa do ato de pensar num mundo em que a tecnologia parece associar o pensamento à ociosidade.
Outros lançamentos da Bienal também reforçam a idéia de que a filosofia desperta interesse crescente nos leitores. Talvez o melhor exemplo seja "Relativismo enquanto Visão de Mundo". Seus textos foram apresentados num seminário de filosofia em São Paulo, e agora chegam ao grande público na forma de livro.

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