São Paulo, quinta-feira, 18 de agosto de 1994
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Sul do país é região mais quente do mundo

FRED MADERSBACHER
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O sul do Irã, rico em petróleo, é uma das regiões mais quentes do mundo, mesmo assim habitado pelo homem desde os tempos imemoriais.
O planalto iraniano está tomado por desertos –de sal, de neve ou de areia e cascalho com esparsa vegetação rasteira.
Ali existem vastos lagos pouco profundos de água salobre e extensos pantanais salgados.
Os rios não prosperam: minguam, se evaporam ou somem da superfície para continuar subterraneamente.
Desse mar seco de cor cáqui, as altas montanhas se erguem como ilhas sob um céu azul distante.
Na região do mar Cáspio há férteis terras baixas de clima subtropical.
Nas encostas das serras que cercam o planalto e nos vales existem oásis verdes, onde cedo nasceram grandes cidades.
Mais de 3.000 mil anos atrás, povos indo-germânicos invadiram o Irã, vindos do Oriente.
Os reinos medo e persa surgiram no século 7º a.C. Ciro, o aquemênida, subjugou a Anatólia e a Mesopotâmia.
Cambises, seu filho, conquistou o Egito, e, sob Dario 1º –o maior dos aquemênidas– seu território estendeu-se do Nilo até o Indo: o maior império já visto no mundo.
Em 330 a.C. caiu, derrotado por Alexandre da Macedônia. O helenismo reina por pouco tempo: a partir de 249 a.C. os partos, nômades das estepes asiáticas, invadem o Irã, para dominá-lo por 500 anos.
Em 226 d.C. os Sassan, da linhagem real persa, fundam o império sassânida que no seu apogeu consegue reaver quase todo o território aquemênida.
Constróem cidades, palácios, fortalezas, pontes. Relevos rupestres comemoram as façanhas de seus soberanos.
O império cai, em 662, nas mãos dos exércitos árabes recém-islamizados.
Nos séculos a seguir, a Pérsia renascerá, mas agora definitivamente muçulmana.

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