São Paulo, domingo, 21 de agosto de 1994
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Prática não é totalmente aceita

JOSÉ BICENTE BERNARDO
DA REPORTAGEM LOCAL

A maneira de escrever –mas também a de falar, andar e se movimentar– podem refletir condições físicas e psicológicas momentâneas.
Essa é a opinião do professor Geraldo José de Paiva, 57, da chefia do departamento de psicologia social da USP (Universidade de São Paulo).
"A grafologia não é um campo amplamente aceito pela psicologia. Seria necessário um maior compartilhamento com a ciência, mas os estudos não vingaram por problemas metodológicos", diz.
A técnica passa longe de executivos de alto nível. Segundo Odir Francisco, 56, sócio-gerente da Tasa do Brasil Consultores em RH, "eles se recusariam a ser testados".
Para os descrentes, histórias como as que seguem não estão longe de ser uma grande coincidência:
Um rapaz concorria a um cargo de confiança em uma seguradora de veículos. O laudo grafológico feito por Nanci Fernandes revelou traços de desonestidade. Levantou-se a ficha do candidato na polícia. Ele havia roubado um carro.
Regina Andreatta, gerente de recrutamento do BFB, conta que um laudo indicava um problema de origem reumática. Na entrevista, viu-se que quem estava doente era a mãe do candidato. (JVB)

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