São Paulo, domingo, 21 de agosto de 1994 |
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Corretor tem histórias de prédio 'carregado'
CARMEN BARCELLOS
Parapsicólogo afirma que fenômenos são "exteriorização do inconsciente" e que tudo não passa de superstição A existência de histórias sobre imóveis "carregados", nos quais acontecem coisas estranhas, "é tudo superstição". A afirmação é do padre e parapsicólogo Oscar Quevedo, 64, sobre fenômenos relacionados a ambientes ou objetos. Casos como o do corretor de imóveis Carlos Alberto Santiago, 48, que comprou apartamento no qual havia morrido um pedreiro durante a construção, e de C.L., 59 –que não quis ser identificada–, que ouvia passos à noite e mudou de casa (leia casos ao lado)–, são "exteriorizações do inconsciente", segundo Quevedo. "A parapsicologia já demonstrou que os ambientes e objetos não ficam impregnados com energias das pessoas que os utilizaram e nem sofrem influências espirituais", afirma Quevedo. Segundo ele, todos os fenômenos estranhos sempre acontecem a uma distância de menos de 50 metros das pessoas vivas, o que significa que são exteriorizações do inconsciente dessas pessoas. Para ele, não têm nada a ver com mortos, demônios ou fadas. Ele afirma que a bênção de padres ajuda indiretamente, tranquilizando as pessoas psicologicamente. O padre sugere que a pessoa deve procurar um tratamento parapsicológico, em vez de se preocupar com a casa. "Bons fluidos" Para manter os chamados "bons fluidos", os supersticiosos costumam fazer pequenos "truques", como benzer o imóvel para onde vai morar antes de mudar. O pai-de-santo Celso de Oxalá, 39, que previu no programa "Jô Soares Onze e Meia", da rede SBT, a vitória do Brasil na Copa, sugere uma espiga de milho com palha desfiada, amarrada com fita vermelha, preta e branca, saquinho de arroz com casca e quatro moedas (uma atual) atrás da porta. Ele não aconselha seus clientes a fechar negócios entre 15 de julho e 20 de setembro. " Agosto é muito negativo", diz. Para os radioestesistas (pessoas que dizem detectar energias negativas de um local através de pêndulos e varas de metal), o cruzamento de correntes de água no subsolo pode trazer influências negativas. "Há prédios nos quais várias pessoas têm doenças semelhantes, devido a isso", diz Pier Campadello, 56, engenheiro civil e radioestesista. Para ele, o ideal é conhecer a história do local e evitar locais alagadiços, onde há pântanos, matadouros de animais, batalhas e mortes violentas. Texto Anterior: Projetos têm shoppings Próximo Texto: Cinema expõe medo da casa violada Índice |
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