São Paulo, domingo, 21 de agosto de 1994 |
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Brahma põe à venda terreno no Paraíso
ROBERTA JOVCHELEVICH
O lote custa, no mímino, R$ 15 milhões –quantia suficiente para comprar 300 apartamentos de dois quartos no bairro Jardim Marajoara (zona sul). A diretoria da empresa não quis se manifestar sobre o assunto. O assessor de imprensa da companhia, Ingo Ostrovsky, não revela o valor do lote, mas confirma que o imóvel está à venda. Com cerca de 12,7 mil m2, o terreno tem vários projetos arquitetônicos (leia texto ao lado), alguns solicitados pela própria Brahma. Segundo estudos do Datafolha, o preço médio do m2 na região é de R$ 1.199. "O m2 do terreno consegue atingir até R$ 1.500", estima José D'Ávila Pompéia, 43, diretor da Bolsa de Imóvel do Rio de Janeiro, empresa que tem escritório em São Paulo. O lote, portanto, não vale menos de R$ 15 milhões e, dependendo da negociação, pode alcançar R$ 19 milhões. Situado próximo da avenida 23 de Maio (ligação entre Centro, zona norte e zona sul), uma das características que fazem do terreno um dos ponto mais cobiçados da cidade é o foco de perspectiva para a avenida Paulista. Isso significa que construções verticalizadas erguidas no local serão avistadas diariamente por milhões de pessoas. Na opinião de Pompéia, a localização –região que concentra serviços como hospitais– e o tamanho do terreno comportam um projeto misto, como, por exemplo, um condomínio residencial e um prédio de consultórios médicos. A Brahma desativou a fábrica que funcionava no local em abril de 1993, depois de um acordo com a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). A Cetesb apontava a Brahma como poluidora do rio Tietê e exigia a construção de uma estação de tratamento de água na fábrica. Alegando não ter condições de atender a exigência por falta de espaço, a Brahma cumpriu o acordo com a Cetesb, que previa a desativação da unidade em 1993. Texto Anterior: Errado, ministro Próximo Texto: Projetos têm shoppings Índice |
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