São Paulo, domingo, 21 de agosto de 1994
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Formato põe série no caminho do sucesso

MARIA ESTER MARTINHO

Da Revista da Folha"Confissões de Adolescente", a série, é –enfim– uma surpresa no front da ficção para TV made in Brazil. Tem a seu favor, de início, a clareza da intenção –falar de grandes temas do universo teen– e o ponto de vista genuinamente adolescente da peça que a gerou.
A isso, soma um formato esperto –baseado em um recurso, quem diria, teatral. Parte da ação dos episódios é substituída por testemunhos de personagens envolvidos ou não na trama –que contam, para a câmera, os acontecimentos que se seguiram à cena anterior.
O truque favorece a identificação com os personagens, agiliza os episódios, torna a série facilmente assistível. Mais que tudo, distingue-a da ficção rigidamente encadeada, artificial, "séria" no pior sentido.
"Confissões de Adolescente" não é novela. É uma espécie de "sitcom" adolescente, embora delicada e poética. Nesse sentido, está mais para "Anos Incríveis" que para "Melrose Place".
A série conta, de resto, com uma bela fotografia em 16mm, com a direção precisa de atores que é marca de Daniel Filho e com o empenho de um elenco emocionalmente comprometido com o projeto. O destaque é Cláudia Jimenez –a maravilhosa empregada/mãe das teens do núcleo-base.

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