São Paulo, quarta-feira, 24 de agosto de 1994
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Campanha oficial; Sem deixar provas; Linha de tiro; Efeitos colaterais; Busca de imagem; Conselho investigativo; Passaporte; Novo expurgo

Campanha oficial
A cúpula do PSDB se irritou com a indiscrição do ministro Alexis Stepanenko ao pedir liberação de verbas para obras prometidas por FHC. Os tucanos acham que ele quer um cargo no novo governo. Mas o tiro saiu pela culatra.

Sem deixar provas
Itamar deu um recado a Alexis Stepanenko, que andou pedindo verbas para obras de interesse eleitoral de FHC. Mandou o ministro ser mais mineiro e parar de escrever bilhetinhos com os pedidos: "Parece coisa do Jânio Quadros".

Linha de tiro
Ricupero pode trombar de novo com o PSDB. Pediu aos líderes no Congresso um almoço para a próxima terça. Deve entrar na pauta sua idéia de pôr em votação, logo após a eleição, reformas estruturais. A cúpula tucana é contra.

Efeitos colaterais
Maluf respondeu aos emissários do PSDB que foram pedir o apoio do PPR a FHC que não quer constranger Amin. O presidenciável teme, com uma eventual renúncia, prejudicar a campanha de sua mulher ao governo catarinense.

Busca de imagem
Depois do programa eleitoral em homenagem a Juscelino Kubitschek, FHC vai seguir na linha do "desenvolvimentismo" durante os próximos dias. Hoje, o tema será transporte. Mas o Plano Real continua como pano de fundo.

Conselho investigativo
Três integrantes da CEI (Comissão de Investigação do Executivo) foram indicados a Itamar para o Conselho da República: o empresário Emerson Kapaz, o advogado Modesto Carvalhosa e o ex-ministro do STJ Evandro Gueiros Leite.

Passaporte
Movimentação diplomática em Brasília: o presidente da Venezuela, Rafael Caldera, presenciará as comemorações do 7 de Setembro ao lado de Itamar. E o ministro do Exterior do Japão, Yohei Kono, fará visita oficial no fim de agosto.

Novo expurgo
A equipe econômica se reúne hoje com o relator da MP do Real, José Fogaça (PMDB-RS), para discutir mudanças no texto. Edmar Bacha diz que topa mudar o expurgo da inflação nos contratos do governo com empresas privadas.

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