São Paulo, quarta-feira, 24 de agosto de 1994 |
 |
|
Texto Anterior |
Índice
Eleição interfere na votação do Orçamento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A sucessão presidencial está interferindo na apreciação da última versão do projeto de Orçamento da União para 1994, que tramita no Congresso desde maio.Aliado na disputa presidencial ao candidato governista Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o presidente da Comissão de Orçamento do Congresso, senador Raimundo Lira (PFL-PB), articula para que o projeto seja votado diretamente no plenário do Congresso. Com esta manobra, Lira praticamente impede que as emendas dos parlamentares sejam aprovadas, permitindo que o Orçamento seja executado de acordo com a proposta inicial do governo. Lira já decidiu não convocar a Comissão Mista de Orçamento esta semana, o que levará à votação do projeto no plenário, inviabilizando a análise de tantas emendas. Por causa disto, as mais de 13 mil emendas parlamentares propostas ao projeto de Orçamento da União para 1994 vão para o lixo. A manobra de Lira está sendo denunciada pelo relator do projeto, deputado Marcelo Barbieri (PMDB-SP), um dos parlamentares mais próximos ao candidato do PMDB, Orestes Quércia. Barbieri já está ameaçando renunciar ao cargo de relator-geral da Comissão de Orçamento. "Como os relatórios setoriais não foram votados por falta de quórum, estamos regimentalmente impedidos de votar o relatório geral na comissão", rebateu o senador Raimundo Lira. "Além disso, não convoquei a comissão porque o deputado sequer me avisou que seu relatório estava pronto", disse o senador. Texto Anterior: Cartilha trará carta de Getúlio Vargas; Fiuza pode depor no caso Ana Elizaberth; Pedida quebra de sigilo de José Geraldo; Zélia se defende da acusação de corrupção Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |