São Paulo, quarta-feira, 24 de agosto de 1994
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Polícia Rodoviária faz patrulhamento a pé

ISNAR TELES
DA FOLHA VALE

A Polícia Rodoviária Estadual do Vale do Paraíba (SP) está fazendo o patrulhamento a pé nas estradas da região por causa da falta de combustível nos veículos.
O repasse de combustível para a Polícia Rodoviária é feito pela Secretaria de Estado da Infra-Estrutura Viária, através do DER (Departamento das Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo).
Desde ontem, os policiais estão pegando carona nas estradas para fazer rondas em trechos considerados críticos das rodovias Oswaldo Cruz (SP-125), que liga Taubaté a Ubatuba, e Tamoios (SP-99), único acesso da via Dutra ao litoral norte por São José dos Campos.
Segundo o comandante da Polícia Rodoviária do Vale do Paraíba, capitão José Carlos Marcondes, 39, os veículos não estão rodando devido a um racionamento de combustível.
"Toda vez que atingimos a marca de 2.000 litros é necessário priorizar os atendimentos. Essa marca não é comum. Esperamos que no máximo amanhã tudo já esteja normalizado", disse.
A região tem aproximadamente 80 policiais e 42 veículos.
No posto da polícia rodoviária em São José dos Campos nenhum dos 14 carros saiu do posto na Tamoios ontem.
A rodovia tem um movimento médio de 30 mil veículos nos fins-de-semana.
O cabo Adilson de Souza, 33, disse que os veículos ficaram a maior parte do tempo parados à espera do combustível.
"Nós tivemos que mandar dois policiais de ônibus para um trecho crítico na serra. Nós recomendamos que eles mantivessem contatos com o posto por telefone a cada 30 minutos", disse.
O engenheiro responsável pelo DER na região, Ferdinando Arone, afirmou que não sabia do corte no fornecimento.
O assessor de imprensa do DER, em São Paulo, Mário Ciuchini, disse que o combustível foi cortado pois o orçamento estourou.
Segundo o assessor, as secretarias de Estado da Fazenda, Planejamento e Governo devem fazer uma suplementação de verba para normalizar o repasse de combustível.
Ele não informou qual será o valor da suplementação e nem a quantidade de litros de combustível que é enviada mensalmente para a Polícia Rodoviária Estadual.

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