São Paulo, quarta-feira, 24 de agosto de 1994
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Precioso atlas; Circulação recorde; Salários e privilégios; Tempo de inocência; Adeus, Fidel;

Precioso atlas
"Assinante da Folha há 47 anos, demonstrando, portanto, simpatia por esse brilhante órgão da mídia nacional, parabenizo-a pelo lançamento do atlas. Consequentemente, como louvável iniciativa ligada à educação, contribui sobremaneira para o desenvolvimento do país, visto que através dela chegaremos ao Primeiro Mundo."
Milton Rontani (Piracicaba, SP)

"Que a iniciativa não se restrinja apenas ao atlas. Que venham edições de atlas histórico, de conhecimento geral etc. O povo está desejoso e carente de cultura, muito embora nossos 'governantes' pensem o contrário e tudo façam para que isso não ocorra."
Alzira Garcia (Bauru, SP)

"Quero dizer-lhe o quanto lhe agradeço por ter recebido por meio do jornal o precioso atlas."
Odette M. Cesar (São Paulo, SP)

"Parabéns à Folha pela sucessiva quebra de recordes de circulação. Sem dúvida, esta se deve à crescente busca de informação e cultura por parte dos brasileiros. O atlas é uma grande estratégia de marketing que os leitores aprovaram, mas souberam deixar em segundo plano. O que realmente motivou a corrida frenética das pessoas às bancas de jornais foram matérias como a troca de correspondências entre Sartre e Merleau-Ponty, o conto 'Música', de Vladimir Nabokov e os textos sobre o narcisismo fim de século."
Paulo Vallim (Curitiba, PR)

Circulação recorde
"Dia 15/08, a Folha publicou em sua primeira página um gráfico mostrando o que seria o ranking dos jornais e revistas brasileiros. Nele havia uma verdadeira salada, já que a Folha comparava a tiragem de sua edição do dia 14/08 (domingo) com a circulação média do mês de abril de 'Veja', 'O Globo', 'O Dia' e 'O Estado de S. Paulo'. Por acreditarmos que tal comparação feria princípios éticos, escrevemos carta à Redação da Folha pedindo que fosse feita uma correção que em nada abalaria o brilhante número de 1.100.000 exemplares tirados naquele dia pelo jornal. Queríamos, apenas, que o mesmo critério fosse adotado em relação a 'O Globo', que nos últimos três domingos vinha tirando 700 mil exemplares graças aos fascículos do 'Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa'. A carta foi publicada gentilmente, mas com uma Nota de Redação no pé que nada tinha de gentil e dizia textualmente: 'A Folha não tem nada a corrigir. Os números citados são do Instituto Verificador de Circulação, os únicos disponíveis e aceitos pelo mercado'. Da observação poderíamos tirar algumas conclusões, das quais duas se destacam: a) se os únicos dados aceitos pelo mercado são os do IVC, não devem ser divulgados dados que não sejam os daquele instituto (inclusive os fornecidos pela Folha, principalmente se levarmos em conta que o IVC não trabalha com tiragens, mas apenas com números relativos à venda); b) se a Folha é exceção e seus números são aceitos pelo mercado, por que não o serão os números fornecidos por 'O Globo'? Gostaríamos de conhecer sua opinião sobre se a Folha, eticamente, deveria ter publicado o gráfico comparando as suas maçãs (1.100.000 exemplares em agosto) com as ameixas dos demais jornais (dados da média de abril). E já que publicou, se não deveria fazer a correção publicando: a) somente os números do IVC de abril, inclusive os da Folha; ou b) mantendo o seu número recorde e publicando, também, o número de 'O Globo', conforme havíamos solicitado."
Luiz Eduardo Vasconcelos, diretor de Marketing do jornal "O Globo" (Rio de Janeiro, RJ)

Nota da Redação – Considerando verdadeira a alegada circulação do jornal "O Globo" de domingo último, os números acima ilustram as posições atuais dos dois veículos. A vantagem da Folha hoje é de 97,17%.

Salários e privilégios
"Sobre a matéria do sr. Gilberto Dimenstein intitulada 'Chorando de barriga cheia', na qual ele afirma que o salário médio dos bancos estatais é de US$ 2.000: sou funcionário do BB há mais de dez anos e o meu salário não chega nem à metade do citado valor."
Fábio César Serette (Campinas, SP)

"Parabenizo o jornalista Gilberto Dimenstein pelas verdades que grafou em seu artigo de 20/08. Conclui-se que a máquina do governo é uma família privilegiada à custa do povo."
Orlando Alcaraz Orta (São Carlos, SP)

"Se o jornalista Dimenstein tem conhecimento de irregularidades, tem mais que o direito de divulgá-las. Tem o dever. Porém, que o faça com ações objetivas, com denúncias efetivas e não escrevendo artigos com acusações genéricas e contestáveis."
Ademir José Esteves (Presidente Prudente, SP)

"A história se repete. Quando chega a campanha salarial dos bancários, os ataques pela imprensa aos funcionários dos bancos estatais se intensificam. Desta vez, até o 'politicamente correto' Gilberto Dimenstein engrossa o coro dos defensores do arrocho."
Terezinha de Jesus Vicente Ferreira (São Paulo, SP)

Nota da Redação – Leia a resposta do jornalista Gilberto Dimenstein em sua coluna à pág. 1-2.

Tempo de inocência
"A quase totalidade dos parlamentares, ao se reportar aos seus salários, só os menciona em sua quantia líquida. O Inocêncio não é nada inocente."
Mário Tourinho (João Pessoa, PB)

Adeus, Fidel
"A fuga de cubanos que arriscam a própria vida em precaríssimas embarcações revela o estado de horror de um povo e o pesadelo que representa o regime totalitário de Fidel Castro."
Orlando Lovecchio Filho (Santos, SP)

"Motivados pela certeza da impunidade quando se trata da veiculação de mentiras contra um outro país, vários órgãos da imprensa e agências de notícias têm distorcido ou mentido descaradamente sobre os acontecimentos envolvendo a emigração ilegal de cubanos para os EUA. Todos, sem exceção, omitem a principal causa das emigrações: o criminoso bloqueio econômico dos Estados Unidos contra a ilha."
Afonso Magalhães (Brasília, DF)

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