São Paulo, quinta-feira, 25 de agosto de 1994 |
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Não falta imagem para fotógrafo em Cuba
CIRO COELHO
O cenário é de arquitetura colonial: os personagens usam roupas, carros, motos com "side-car" (carrinho atrelado à lateral da motocicleta) e bicicletas que contextualizam um "filme" dos anos 50. A trilha sonora é o ruído das conversas entre os passantes nas ruas, cujo sentido foge à compreensão. Conforme avança sua estada, aprofunda-se o seu contato com a população cubana e você começa a perceber a dignidade dos habitantes frente à crise que o país atravessa. E de posse de uma câmera é inevitável querer registrá-la. A maneira de fotografar depende de seu temperamento e de sua intimidade com a técnica fotográfica. Você pode simplesmente captar o que vê através da objetiva ou interferir no contexto, reposicionando um objeto ou pedindo para que o seu personagem faça determinada pose. O fotógrafo Jock Sturges, mestre em retratos feitos em campos de naturismo (onde o nudismo não é imposto, mas aceito com naturalidade), ensina que o equipamento não pode ocupar a atenção do artista no momento da foto. Ele usa apenas um tipo de filme, uma objetiva e uma câmera e concentra-se somente no assunto. Texto Anterior: Para Anistia, país viola direitos humanos Próximo Texto: Ilha do Cardoso tem paisagem preservada Índice |
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