São Paulo, quarta-feira, de dezembro de |
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Noal pediu novo passaporte "com urgência"
DANIEL CASTRO E MARCELO GODOY
Observações: COM SUB-RETRANCA Vinheta/Chapéu: \<FD:"VINHETA-CHAPÉU"\>BICHEIRO PRESO - 1\</FD:"VINHETA-CHAPÉU"\> Assuntos Principais: JOGO DO BICHO; PRISÃO Noal pediu novo passaporte "com urgência" O procurador de Justiça Rodrigo César Rebello Pinho sabia desde terça-feira que o banqueiro do jogo do bicho Ivo Noal planejava deixar o Brasil. Nesse dia, Noal foi à PF solicitar um novo passaporte "em regime de urgência". Uma das suspeitas da polícia é que Noal precisava de um novo passaporte porque o atual teria informações que mencionavam sua deportação de Miami, nos Estados Unidos, em janeiro deste ano. Informados pela PF de que Noal pretendia viajar para o exterior, o procurador Pinho e mais dois promotores foram ontem de manhã à casa do desembargador Irineu Pedrotti para planejar a prisão. Pedrotti foi o relator do acórdão (decisão coletiva tomada por desembargadores) que decretou a prisão de Noal na segunda-feira. O desembargador despachou pelo bloqueio da emissão do passaporte e proibiu a saída do bicheiro do país. Vestindo um terno cinza, Noal voltou ontem tarde à PF para buscar o novo passaporte. Por volta das 17h, recebeu a voz de prisão. O bicheiro foi levado para o prédio da Superintendência Regional da PF, na rua Antônio de Godoy (região central), onde foi formalizada a prisão. Na superintendência, segundo o delegado João Câncio Ferreira, Noal estava calmo e pediu para não ser apresentado à imprensa. O banqueiro do bicho alegou que queria regularizar sua documentação, mas a polícia suspeitava que ele pretendia fugir do país. Às 18h10, Noal foi levado para a carceragem da PF, na rua Piauí, em Higienópolis (região central), onde deveria passar a noite. O banqueiro do bicho é acusado de ser o mandante do assassinato do bicheiro Basílio de Jesus Leandro, em 5 de novembro de 86, na zona leste. Newton Marques foi acusado de ser o autor do crime. Ele confessou o assassinato à polícia, na presença de um promotor de Justiça. Conhecido como "Véio", Marques apontou Noal como o mandante. Mas, ao depor no 1º Tribunal do Júri, ele negou a confissão. Além da morte de Leandro, Noal também é acusado de mandar matar outros dois bicheiros rivais: Adílson Ribeiro da Silva e Wilson Nanini. (DC e MG) Texto Anterior: Maternidade faz 100 anos em busca de mais doações Próximo Texto: 1 Índice |
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