São Paulo, domingo, 28 de agosto de 1994
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Era esperto e inteligente, dizem empresários

Importantes empresários brasileiros lamentaram ontem a morte de Sebastião de Camargo.
Jacks Rabinovich, 64, presidente do conselho de administração do grupo Vicunha, disse que Camargo era uma pessoa "sensacional."
"Ele era simples, inteligente. Um empresário fabuloso." Rabinovich lembra que Camargo também atuava na indústria têxtil, através da Companhia Jauense.
Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, disse que Camargo "veio do nada" e criou uma "estrutura de empresas bem-sucedidas."
"Ele deixou estas empresas fortes". Szajman lembrou que além de um grande empresário, Camargo estava muito envolvido com atividades filantrópicas.
"Foi uma pessoa 'sui generis'. Conduziu suas empresas de maneira moderna. Tinha visão empresarial firme e esperta."
Szajman disse também que Camargo começou a vida furando sacos de café na Companhia Paulista de Armazéns Gerais para colher amostras.
"Ele era um grande empreendedor. Foi um fabricador de obras no Brasil. Suas empresas foram pioneiras na construção de barragens hidroelétricas."
Olacyr de Moraes, 63, presidente do Banco Itamarati, disse que Camargo começou sua vida como empresário numa época em que as obras no Brasil eram feitas por empresas estrangeiras.
"Ele foi um batalhador. Conseguiu grandes avanços para a engenharia brasileira. Era um homem de muita garra", afirmou Moraes.
Mário Amato, presidente em exercício da CNI (Confederação Nacional da Indústria), disse que Camargo era exemplo para ele.
Amato contou que Sebastião Camargo vivia dizendo para os empresários que era muito importante produzir para gerar empregos.
"O Brasil perde um grande brasileiro. Um grande homem. É uma luz que se apaga mas que vai nos iluminar por muito tempo."

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