São Paulo, domingo, 28 de agosto de 1994 |
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GUERRA E PAZ DE GULLAR
AUGUSTO MASSI ; ALCINO LEITE NETO
O poeta Ferreira Gullar, 64, tem motivos de sobra para fazer barulho. Após a edição comemorativa dos 40 anos de "A Luta Corporal", um dos marcos da poesia brasileira contemporânea, a José Olympio, que irá reeditar toda sua obra poética, promete recolocar em circulação o esgotadíssimo "Poema Sujo". Atualmente envolvido com a direção do IBAC e da revista "Piracema", Gullar falou à Folha em seu apartamento no bairro de Copacabana, Rio de Janeiro. Comentou sobre sua infância em São Luís do Maranhão, o comunismo, o concretismo e o beco sem saída das vanguardas. Numa conversa marcadamente confessional Gullar falou da passagem de uma infância vivida nas ruas para a aventura conceitual do neoconcretismo, de sua amizade com Mario Pedrosda e Oswald de Andrade. E, pela primeira vez, confessa que sua paixão inicial foi pela pintura e explica porque trocou o movimento das Ligas Camponesas de Francisco Julião pelo Partido Comunista. Mescla de homem comum e poeta crivado de indagações, artista perplexo e crítico radical, Ferreira Gullar retoma aqui os embates criativos que o levaram a tentar implodir a linguagem poética e o transformaram num dos intelectuais mais polêmicos do país. Texto Anterior: Servidão ao amor desafia espírito objetivo Próximo Texto: Três pastéis de côco Índice |
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