São Paulo, domingo, 28 de agosto de 1994
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Omega ganha motor mais forte em 95

DA REPORTAGEM LOCAL*

O Omega e a perua Suprema ganham novos motores em todas as versões.
A linha 95 do modelo recebe ainda pequenas alterações cosméticas. Os Omega com os novos motores serão lançados na primeira semana de outubro. As vendas começam no mesmo mês.
As versões GL e GLS passam a oferecer o motor 2.0 (lançado com o Monza, em 1982) com a cilindrada ampliada para 2.200 cc.
Os 200 cc adicionais foram obtidos pela ampliação do curso dos pistões (e do virabrequim).
Com essa configuração, o motor OHC vai oferecer maior força em rotações mais baixas, aumentando a dirigibilidade e diminuindo a necessidade de trocas de marchas.
A versão CD, mais luxuosa (com todos os opcionais chega a custar cerca de R$ 60 mil), perde o motor alemão de seis cilindros em linha, 3.000 cc e 165 cv.
Em seu lugar, a GM coloca o velho 4.100 cc dos Opala (que sempre esteve nas picapes A-20 e C-20, Bonanza e Veraneio), também de seis cilindros em linha.
Além de 5 cv de potência, o consumidor ganha dirigibilidade. Com maior cilindrada, o 4.1 dos Opala (170 cv) tem mais torque (força útil) em baixas rotações.
O Omega de luxo certamente ganhará nas retomadas de velocidade e –principalmente– em agilidade urbana.
Retrocesso
Em compensação, a troca significa um retrocesso tecnológico. Ao contrário da expectativa, o motor de Opala mudou pouco.
Ganhou gerenciamento eletrônico moderno, com injeção multiponto e ignição mapeada variável.
É um projeto do início dos anos 50, dos Chevrolet Bel Air e Impala norte-americanos. Traz comando de válvulas no bloco, acionando as válvulas por varetas e balanceiros.
Além da arquitetura antiquada, é todo de ferro fundido, pesado.
O motor alemão 3.0 do Omega atual é mais moderno em concepção e também oferece sistema de gerenciamento eletrônico total.
Tem cabeçote em liga de alumínio, comando de válvulas direto no cabeçote e melhor potência específica (mais cv por cc).
Para a GM, a vantagem é maior: substitui o motor importado por um motor nacional, feito no Brasil desde os anos 60 (com 3.800 cc), para caminhões e camionetes.
Mudanças visuais
Os Omega CD ganham novas rodas de liga leve e acabamento em madeira nobre no console e forração das portas.
Os Omega 2.2 passam a ter friso traseiro semelhante ao que equipa o Monza; logotipo central com a "gravatinha" no centro da tampa do porta-malas; lanternas em plástico fumê; novos frisos laterais.

* Colaborou Sérgio Rodrigues Torres, free-lance para a Folha.
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sobre novidades e segredos na página 8-2 e na última página deste caderno.

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