São Paulo, segunda-feira, 29 de agosto de 1994
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Dor pode persistir após o fim da infecção

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

O herpes zóster é a mais dolorosa das infecções causadas pelos vírus da família herpes. A dor pode persistir mesmo depois que as lesões secam e a infecção termina.
O agente causador é o vírus varicela-zóster –o mesmo da catapora. A maior parte das pessoas contrai catapora na infância. O vírus pode ficar "latente" no organismo por várias décadas.
Idade avançada, muito estresse, doença grave ou sistema imunológico comprometido favorecem o reaparecimento do vírus.
O primeiro sintoma é dor forte ou desconforto intenso que aparece de forma abrupta em uma faixa da pele ("cobreiro").
A área comprometida fica vermelha e surge uma série de pequenas bolhas agrupadas.
A infecção é limitada a um dos lados do corpo. Os locais mais frequentes são a face, o tórax, o pescoço e as costas.
A doença dura de duas a três semanas. A dor acaba –para a maioria das pessoas– nesse período.
No entanto, alguns infectados passam a sofrer de dor forte e crônica no local em que houve lesão. Os mais idosos têm maior probabilidade de apresentar esse tipo de dor (neuralgia pós-herpética).
O herpes zóster atinge três em cada mil adultos (entre 20 e 50 anos). Após os 80 anos, esse número salta para dez em mil.
A pessoa com zóster pode transmitir catapora para quem nunca entrou em contato com o vírus.
Alguns pacientes apresentam formas mais graves. A doença pode se disseminar pelo organismo. Essas formas acontecem, principalmente, nos pacientes com algum grau de imunodepressão.
As formas mais graves precisam ser tratadas com medicação antiviral (aciclovir).
O tratamento das formas mais simples é controverso. Alguns médicos usam o antiviral enquanto outros acreditam que a medicação não traz nenhuma vantagem.
A prevenção da dor após o herpes é outro ponto polêmico. O uso de medicação corticóide para evitar a dor no futuro é uma medida bastante discutida.
(JB)

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