São Paulo, segunda-feira, 29 de agosto de 1994
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Americas Watch abre escritório em São Paulo

CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Americas Watch, organização internacional de defesa de direitos humanos, vai abrir um escritório em São Paulo, para acompanhar os casos de violação de direitos e abusos de violência no Brasil.
A Americas Watch mantém sedes em Nova York e Washington, nos EUA, e em El Salvador.
Jim Cavallaro, 31, advogado norte-americano que milita há cinco anos na Americas Watch, está em São Paulo para tratar da papelada da abertura do escritório.
Ele diz que o Brasil, nos últimos anos, tem despertado a atenção internacional pelos casos recorrentes de violência e violação de direitos humanos.
Jim Cavallaro diz que a abertura do escritório no Brasil se justifica porque no país "ocorrem violações muito sérias e diversas".
Diz Cavallaro que "o Brasil é um continente, e é muito difícil dar cobertura, do exterior, a todos os casos de abuso de autoridade".
No Brasil, a Americas Watch vai trabalhar em conjunto com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e com a Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos.
Os dados colhidos pela Americas Watch são relatados ao Conselho Internacional de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA).
O conselho tem o poder de deliberar sanções políticas ou econômicas contra países violadores de direitos humanos.
O advogado Jim Cavallaro acompanha as últimas sentenças que serão proferidas hoje, em São Paulo, no caso da Chacina do 42º DP, em que 18 presos foram mortos por asfixia.

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