São Paulo, terça-feira, 30 de agosto de 1994 |
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Euforia com Real está no fim, diz Mercadante
CARLOS EDUARDO ALVES
"A euforia com o plano está se esvaziando", disse Aloizio Mercadante, candidato a vice-presidente da República na chapa liderada por Luiz Inácio Lula da Silva. Mercadante citou como dados negativos para o plano econômico o IPC-r de agosto, o estouro da base monetária e a remuneração da poupança, que foi inferior à inflação no mês que está terminando. "Tudo isso ajuda a desmanchar a ilusão", acha o petista. Mercadante, que é economista, aponta ainda o resíduo inflacionário como um fator que empurrará a economia à reindexação. Para o vice de Lula, já existe entre os chamados formadores de opinião a idéia de que o Plano Real é eleitoreiro. "Os mais pobres começarão a perceber os furos do plano quando forem pagar o crediário", acha. Mercadante acha que os dois meses seguidos de inflação vão corroer qualquer eventual ganho inicial para os assalariados com a quebra da inflação inercial. A avaliação da cúpula petista é de que as chances de Lula crescem com a inesperada inflação de agosto. Embora não exista declaração oficial nesse sentido, a torcida é pelo fracasso do Real, que embalou até agora o crescimento de FHC. "O PSDB tem pânico do segundo turno, e com razão", afirmou Mercadante. O raciocínio é que, se houver a segunda rodada de votação, o candidato governista terá dificuldades com um cenário econômico quase que com certeza mais difícil. O PT vai pedir direito de resposta no TRE contra a revista "Veja", que em sua última edição insinuou a participação de Paulo Okamoto (homem de confiança de Lula) numa tentativa de defender os interesses de uma empresa prestadora de serviços à prefeitura petista de São José dos Campos (SP). Texto Anterior: O QUE PENSAM OS MILITANTES DO PT Próximo Texto: Programa terá mais emoção, diz Tendler Índice |
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