São Paulo, terça-feira, 30 de agosto de 1994 |
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Juiz suspende adoção internacional
FÁBIO GUIBU
A medida foi tomada após reportagens do jornal "Correio Braziliense", afirmando que crianças adotadas estariam sendo vítimas de quadrilhas ligadas ao tráfico de órgãos no exterior. Segundo Moraes, as adoções só serão admitidas quando se comprovar que as 200 crianças adotadas em Recife por estrangeiros a partir de 1988 estão em boas condições de saúde. Para isto, o juiz vai solicitar ao Ministério das Relações Exteriores que localize as crianças e apure eventuais irregularidades. Ele também quer investigar entidades que intermediariam adoções. Esta é a segunda vez em um ano que a Justiça proíbe estrangeiros de adotar crianças em Pernambuco. Em setembro de 93, a Comissão Estadual Judiciária de Adoção impediu as adoções por italianos. A proibição, também motivada por denúncias de tráfico de órgãos, vigorou no Estado até dezembro. Nada foi comprovado. Moraes disse que, se conseguir provas de apenas um caso de mutilação de crianças, vai proibir para sempre a adoção internacional. Até agora nada foi encontrado. O único fato "estranho" que o juiz afirmou ter constatado foi o aumento de adoções de crianças de 8 a 12 anos. "Isso era raro, eventual", disse. Crianças com até dois anos seriam mais procuradas. A 1ª Vara da Infância e Adolescência responde por mais de 50% das 30 adoções internacionais feitas em média, por ano, em Recife. O processo pode levar quatro anos. A decisão do juiz afeta cerca de 300 casais estrangeiros que aguardavam uma oportunidade de adotar uma criança brasileira. Eles terão de reiniciar o processo em outra vara da Justiça. Texto Anterior: Moacir Franco bate carro em São Paulo; Atriz Monique Alves morre aos 32 no Rio; Fugitiva se entrega para viver com presa; Filho de João Bosco é baleado no Rio; Banco do Brasil em Tóquio é assaltado; Candidatas a modelo disputam concurso Próximo Texto: OS REQUISITOS PARA ADOÇÃO DE CRIANÇAS POR ESTRANGEIROS Índice |
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