São Paulo, quinta-feira, 1 de setembro de 1994
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Plano ainda tem aprovação da maioria

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

A popularidade do plano econômico continua em alta, dois meses após sua implantação. Para 77% do eleitorado brasileiro, o plano é bom para o país –somente 9% o consideram ruim.
É o que revela pesquisa nacional do Datafolha conduzida anteontem e na segunda-feira passada.
Com a diferença de apenas dois pontos percentuais, o contingente de brasileiros que aplaudem o plano se mantém praticamente inalterado desde o levantamento realizado no início de agosto.
A aprovação ao plano é ainda mais visível nos Estados de Goiás e Mato Grosso do Sul, onde os índices atingem, respectivamente, 84% e 82%. O menor patamar de aprovação foi detectado entre os eleitores gaúchos (65%).
O plano conta com a aprovação da maioria (59%) dos eleitores que apontam o PT como seu partido preferido, embora constituam, por esse critério, o menor contingente. Entre esses eleitores encontra-se o mais elevado grau de rejeição ao plano (21%)
Entre os partidários do PSDB, o nível de aprovação é o mais elevado e alcança 91%.
A aprovação ao plano é levemente superior entre os eleitores de famílias que percebem acima de dez salários mínimos (80%) em comparação aos de renda de até cinco mínimos (76%).
O grau de aprovação ao plano econômico avançou 15 pontos percentuais desde o levantamento conduzido no dia 5 de julho.
A pesquisa do Datafolha é um levantamento estatístico por amostragem estratificada, com sorteio aleatório dos entrevistados. O conjunto do eleitorado do país é tomado como universo da pesquisa. Em cada região os municípios são agrupados de acordo com sua localização geográfica e características sócio-econômicas. Dentro de cada grupo são sorteados municípios estratificados pelo tamanho de seu eleitorado. Através de um processo de sorteios sucessivos, chega-se ao bairro, à rua e ao indivíduo.
Nesse levantamento, realizado nos dias 29 e 30 de agosto, foram entrevistados 20.382 eleitores, em 646 municípios de todas as unidades da Federação, incluindo todas as capitais. A margem de erro decorrente desse processo de amostragem é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, dentro de um intervalo de confiança de 95%.
A direção do Datafolha é exercida pelos sociólogos Antonio Manuel Teixeira Mendes e Gustavo Venturi, tendo como assistentes Mauro Francisco Paulino, Emília de Franco e a estatística Renata Nunes Cesar. A direção comercial é de Eneida Nogueira e Silva.

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