São Paulo, quinta-feira, 1 de setembro de 1994
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Tietê é 700 milhões de vezes pior que o desejado

Funcionário limpa margem do Tietê

DA REPORTAGEM LOCAL

Análise da água do rio Tietê mostra que a quantidade de coliformes fecais é 700 milhões de vezes maior do que o padrão desejado. Esse foi um dos dados divulgados ontem pelo Núcleo Pró-Tietê, da Fundação SOS Mata Atlântica.
A entidade começou em agosto um programa de monitoramento e educação ambiental, que inclui análises mensais da água coletada ao longo do rio Tietê.
Na região metropolitana, o trecho mais crítico, a coleta será feita junto ao Cebolão, interligação viária das marginais.
A quantificação dos coliformes fecais refere-se ao parâmetro estabelecido para um rio de classe 3, nos termos da legislação brasileira, cujas águas servem ao "abastecimento doméstico, após tratamento convencional, e à irrigação de culturas". Atualmente, o rio está classificado como classe 4, a pior de toda a escala.
"É um indicador do volume de esgotos domésticos sem tratamento jogados no rio", disse Mário Mantovani, coordenador do núcleo. A quantidade encontrada foi de 2,8 trilhões coliformes para um limite estabelecido em 4.000.
Outro índice bem acima do padrão foi o DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio). O resultado obtido foi de 67 mg/l, quando o parâmetro desejado seria apenas 10 mg/l.
Mantovani afirmou que o levantamento é apenas uma referência para a sociedade. O resultado será encaminhado para a Assembléia Legislativa e Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente).
Ontem, funcionários do DAEE limparam as margens do rio usando máscara contra o mau cheiro.

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