São Paulo, quinta-feira, 1 de setembro de 1994
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CMN aprova medidas para elevar dólar

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O CMN (Conselho Monetário Nacional) aprovou ontem um pacote de seis medidas com o objetivo de elevar a cotação do dólar, sem que o Banco Central (BC) seja obrigado a atuar diretamente no mercado.
Ontem, o dólar comercial fechou cotado a R$ 0,887 para venda. Desde julho, o movimento dos exportadores caiu 25%. O saldo comercial (exportações menos importações) pode cair no primeiro trimestre de 95.
"Queremos desobstruir mecanismos que inibem a importação e o investimento no exterior", explicou o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Gustavo Franco.
O CMN aprovou o fim das exigências de guias para a realização de importações. Esses documentos, exigidos desde 1968, atrasavam algumas operações em até três meses.
Também foi estimulado o pagamento de financiamento de importações. Acabou o limite máximo de 20% do valor da operação para o pagamento da entrada do financiamento. As entradas poderão ser de qualquer valor.
Devedores em dólar poderão fazer pagamentos antecipados de suas obrigações. Segundo Franco, há um mercado potencial de US$ 22,5 bilhões para essas operações, decorrente da dívida externa contratada pelo setor privado.
Foram permitidas compras e vendas antecipadas de dólar, para saldar operações com vencimento futuro. É uma forma de o comprador se prevenir de uma alta excessiva da cotação do dólar.
O CMN ampliou de US$ 1 milhão para US$ 5 milhões o limite máximo para remessas de dólar com objetivo de investir no exterior. Segundo o BC, o limite anterior foi estabelecido em uma situação de escassez de dólares no país.
Pessoas jurídicas (empresas, fundos de pensão e fundos de investimento) ganharam autorização para adquirir imóveis no exterior. Até então, só pessoas físicas podiam fazer a operação.

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