São Paulo, quinta-feira, 1 de setembro de 1994
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Brasil tem mais chance de medalha em provas

DA REPORTAGEM LOCAL*

Brasil tem mais chance de medalha em 2 provas
O presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Coaracy Nunes, afirma que esta "é a equipe mais forte que o Brasil já preparou para o Mundial".
Pode ser exagero, mas é, certamente, a melhor equipe desde 1982, quando o Brasil conseguiu uma medalha de ouro (Ricardo Prado, nos 400 m, quatro estilos) e chegou a sete finais, no Equador.
No último Mundial, em 91, na Austrália, os melhores resultados foram de Gustavo Borges: 12º lugar nos 50 m e 100 m, nado livre.
Desta vez, o Brasil está entre os favoritos para conquistar medalhas em duas provas: os 100 m, nado livre –com Gustavo Borges e Fernando Scherer– e o revezamento 4 x 100 m, nado livre.
Além disso, a equipe tem uma grande revelação, Luiz Eduardo Souza Lima, o Luizinho.
O carioca vai completar 17 anos em dezembro e conseguiu se classificar para o Mundial nas duas provas de fundo –os 400 m e os 1.500 m, nado livre.
A natação em longa distância, novidade deste Mundial, terá dois representantes brasileiros, Alexandre Angelotti e Luciana Abe.
A dupla do nado sincronizado, Fernanda Veirano e Cristiana Lobo, foi treinada pela brasileira Mônica Rosas e pela russa Tatiana Pokroviskaia. A russa foi técnica da União Soviética de 74 a 82.
O objetivo das brasileiras é ficar entre os dez melhores duetos. Fernanda também compete no solo.
No pólo aquático, apenas a equipe feminina conseguiu classificação. O time não tem chance de medalha. Caiu em uma chave difícil, com Rússia e Hungria.

Favoritos
As duas maiores atrações da natação masculina neste Mundial são o australiano Kieren Perkins e o russo Alexander Popov.
Perkins é especialista nas provas longas. Bateu o recorde dos 1.500 m, nado livre, nos Jogos da Comunidade Britânica, no Canadá, este mês.
Perkins desobedeceu a uma ordem de seu treinador, John Carew, que queria que o australiano batesse "apenas" o recorde mundial dos 800 m, nado livre.
Popov é o rei das provas curtas. Ganhou os 50 m e os 100 m, nado livre, na última Olimpíada. Em junho deste ano, quebrou o recorde mundial dos 100 m.
A China é a favorita para as provas femininas. Espera-se um domínio chinês semelhante ao da Alemanha Oriental nos anos 70.
Entre as adversárias das chinesas, estão a experiente norte-americana Janet Evans, a húngara Krisztina Egerszegi e a alemã Franziscka van Almsick.

*Com agências internacionais

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