São Paulo, quinta-feira, 1 de setembro de 1994
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Conflito se iniciou com colonização no século 17

SÉRGIO MALBERGIER
DE LONDRES

A violência sectária que caracteriza a história da Irlanda começou com a primeira grande colonização de protestantes britânicos, principalmente escoceses, no século 17.
A colonização ocorreu principalmente em nove distritos do nordeste, que formavam a Província do Ulster, originalmente habitada por católicos. Em 1800, a Irlanda tornou-se parte do Reino Unido.
No século 19 surgiu um forte movimento a favor da independência da Irlanda. O movimento explodiu em violência na Páscoa de 1916, em Dublin.
A rebelião foi sufocada, mas o IRA (Exército Republicano Irlandês) manteve uma guerra de guerrilha contra a presença britânica.
Em 1920, foram criados dois Parlamentos: em Dublin, para 26 distritos predominatemente católicos, e em Belfast, para os outros 6 distritos, de maioria protestante.
Em 1922 os 26 distritos do sul formaram o Estado Livre Irlandês, hoje República da Irlanda.
Com o apoio da maioria protestante, o Partido Unionista do Ulster manteve controle do Parlamento em Belfast, com a minoria católica discriminada.
O aumento da tensão levou ao movimento de direitos civis na década de 60.
Grupos protestantes reagiram com violência e parte do IRA –o IRA Provisório– iniciou campanha de atentados terroristas para forçar a unificação da ilha.
Em 1969, o governo norte-irlandês pediu reforço ao Exército britânico, que passou a ser responsável pela segurança.
Em março de 1972, com o aumento da violência e distúrbios civis, o governo britânico assumiu diretamente a administração da Irlanda do Norte, dissolvendo o Parlamento em Belfast.
O IRA e os grupos paramilitares protestantes incrementaram suas ações terroristas desde então.
(SM)

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