São Paulo, quinta-feira, 1 de setembro de 1994 |
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Hotéis se armam para nova concorrência
KATIA MILITELLO
Os tradicionais hotéis cinco estrelas de São Paulo já escolheram as armas para atacar a concorrência, que promete se acirrar em 95. Melhorar serviços e infra-estrutura estão entre as de maior calibre. No próximo ano os executivos, que respondem por cerca de 85% da ocupação dos hotéis paulistanos, ganham mais duas opções. Está prevista para abril a inauguração de um centro de negócios que abrigará também o cinco estrelas Meliá São Paulo Hotel. Plantado na marginal do rio Pinheiros, na zona sul da cidade, o hotel terá 300 suítes. Nos últimos três andares, um serviço batizado de real colocará à disposição do hóspede extensa lista de mordomias. Inclui um cardápio com 12 opções de travesseiros. Resultado de investimento de US$ 160 milhões da rede espanhola Meliá, o hotel terá diárias próximas às da concorrência. "Vamos competir com Transamérica, Maksoud, Caesar Park e Sheraton", afirma Roberto Talocchi, diretor de marketing e vendas do Meliá. Na concorrida região dos Jardins, está sendo erguido o Ramada Renaissance. Com 450 apartamentos, o novo cinco estrelas consome cerca de US$ 110 milhões. A chegada dos novos, como o L'Hotel, e a proliferação de flats já causam agitação. Pelos cálculos de Alberto Grau Neto, gerente do Caesar Park, para não sobrar quarto vazio, a clientela precisa começar a crescer entre 10% e 15% ao ano a partir de 95. Para enfrentar a concorrência, o Caesar Park já teve aprovado pelo "board" da rede um projeto de remodelação dos apartamentos, área social e restaurantes. A reforma começa em 95. O Maksoud Plaza também se moderniza. Segundo Roberto Maksoud, estão sendo implantados no hotel um novo sistema telefônico e elevadores com comando eletrônico. "Só nos elevadores gastamos US$ 700 mil", afirma. O Ca'd'Oro investe em serviço. Reservou US$ 1 milhão para implantar um sistema telefônico que permite ao hóspede montar um escritório no apartamento, acoplando fax e computador. O Sheraton Mofarrej também quer mais espaço entre os grandes. Desde 93 a rede vem investindo na remodelação do hotel. Trocou telefones, elevadores e construiu um novo "business center". Texto Anterior: Paris inspirou hotel brasileiro Próximo Texto: Cresce a ocupação em agosto Índice |
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