São Paulo, sexta-feira, 2 de setembro de 1994 |
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Britto inicia onda de adesão de candidatos peemedebistas a FHC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O apoio do candidato ao governo do Rio Grande do Sul, Antônio Britto, ao candidato à Presidência Fernando Henrique Cardoso (PSDB) marca o início da debandada do PMDB do palanque de Orestes Quércia.Britto deve oficializar seu apoio a FHC entre hoje e amanhã. A decisão de Britto não tem relação com a articulação que o ex-presidente José Sarney vem fazendo na tentativa de organizar um bloco de apoio a FHC integrado por candidatos a governador do PMDB de alguns Estados. Tanto Sarney quanto o candidato peemedebista à Presidência, Orestes Quércia, não contam com a simpatia da maioria dos integrantes gaúchos do partido. Britto já havia anunciado que não votaria em Quércia antes mesmo da formalização da candidatura do ex-governador de São Paulo a presidente. Depois de Britto, pelo menos mais cinco candidatos do PMDB vão declarar apoio ao tucano e abandonar Quércia. A decisão foi tomada anteontem à noite em uma reunião em Brasília, na residência de Wilson Martins, candidato do PMDB ao governo do Mato Grosso do Sul. Além de Martins, estiveram o senador José Sarney (AP) e os candidatos aos governos estaduais Garibaldi Alves Filho (RN), Divaldo Suruagy (AL) Alagoas) e Antônio Mariz (PB). Também esteve na reunião o líder do governo na Câmara, Luiz Carlos Santos (PMDB-SP). Salomão Alcolombré, que disputa o governo do Acre, deve seguir Britto e os três que estiveram na reunião de anteontem. A debandada peemebedista tem dois motivos: o desempenho de Quércia, que não consolidou a sua candidatura transcorrido um mês de horário eleitoral gratuito, e a queda dos próprios candidatos estaduais nas pesquisas. Sem o repúdio público a Quércia, os adversários dos candidatos peemebedistas exploram essa ligação partidária. Wilson Martins, o anfitrião da reunião, é um dos que está caindo e atribui isso à ligação umbilical com Quércia. Os "dissidentes" do PMDB voltam a se encontrar na próxima semana para decidir se anunciam o apoio a FHC em bloco ou individualmente. Colaborou a Agência Folha, em Porto Alegre Texto Anterior: A independência de Itamar Próximo Texto: Fleury não quer ser porta-voz dos adesistas Índice |
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