São Paulo, sexta-feira, 2 de setembro de 1994
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Violência derruba comandante

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário de segurança pública do Estado de São Paulo, desembargador Odir Porto, pediu ontem o afastamento do tenente-coronel Gérson Resende, do comando do 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar.
O motivo foi a violência de policiais no estádio do Morumbi, depois do jogo do São Paulo. Com cassetetes, homens da polícia agrediram torcedores, dos quais uma das filhas do presidente do clube, Fernando Casal de Rey.
"Foi uma retaliação", acusou o dirigente. Segundo ele, Resende não gostou de ser contrariado em sua ordem de proibir grandes bandeiras –o dirigente pediu a liberação ao secretário de segurança.
"A polícia atrasou 40min para chegar ao estádio, provocando uma confusão na entrada", disse.
Resende nega: "Só houve 10min de atraso". Sobre a violência, que provocou seu afastamento, o coronel não se pronunciou.
"Ele ficou até as 7h da manhã de hoje (ontem) para identificar os culpados", disse o major Alcântara, do Batalhão de Choque. "Já descobrimos dois suspeitos."

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