São Paulo, sexta-feira, 2 de setembro de 1994
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Diretora rejeita compromisso

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

"O Vaticano nunca assinará o documento do Cairo", disse ontem a diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para População, que organiza a conferência.
Para Nafis Sadik, um compromisso é inaceitável à medida que a oposição católica se concentra no acesso a métodos contraceptivos artificiais.
A igreja considera que a visão de sexualidade que o texto defende é individualista e amoral.
A conferência estaria tentando "tornar obrigatório para o mundo o que é norma em uma pequena elite dos países ricos", disse o porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro Vals. O porta-voz disse que a igreja não vê autoridade em sociólogos e economistas para lidar com temas como reprodução humana e sexualidade.
Sudão, Arábia Saudita e Líbano decidiram não participar por oposição ao texto preparatório. No Líbano, várias organizações protestaram contra a decisão.
O líder do Hizbollah, Mohammed Hussein Fadlallah, disse que islâmicos devem participar para mudar o texto da conferência.

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