São Paulo, domingo, 4 de setembro de 1994 |
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Ex-pai-de-santo vai aos EUA e vira lama Carioca reencarna monge tibetano DANIELA FALCÃO
Shakya, ou Antônio, só descobriu o budismo aos 29 anos, mas desde a infância tinha visões de "homens chineses". A descoberta do poder mediúnico de Shakya aconteceu quando ele tinha 4 anos e foi levado a um terreiro de umbanda. Lá, o futuro lama conheceu a médium Zanira. "Ela foi a primeira a me reconhecer como reencarnação de alguém importante. Meus pais não ligaram e toquei minha vida normal." Shakya sempre estudou no Colégio Militar. "Gostava de jogar bola, era bagunceiro", diz Alice Silva, 69, sua mãe. Aos 17 anos, entrou para a faculdade de engenharia e começou a trabalhar como analista de sistemas. Foi quando reencontrou a mãe-de-santo. "Ela fez três previsões sobre a minha vida. Não levei a sério, mas quando as previsões se concretizaram, voltei lá." Um dia, em Ipanema, seguiu um forte cheiro de insenso até uma casa onde deu de cara com a imagem gigante de um mestre budista. "A sensação que tive era a de ter encontrado a pessoa que procurava a vida toda." Shayka foi deixando a umbanda e se aprofundando no budismo. "Senti que havia muita coisa em comum entre o budismo tibetano e o candomblé." Em 83, mudou-se para os EUA. "Podia ter ido ao Tibete, mas senti que só encontraria meu mestre nos EUA." "Não tinha dinheiro. Aprendi a meditar e jejuar. Foi um ano e meio de aprendizado até ser reconhecido como lama." Isso aconteceu em 85, quando Shakya foi a uma palestra do mestre Sambal Shefen. "Na saída, ele me deu um rosário e foi embora." Meses depois, se reencontraram. Foi aí que ele foi apontado como reencarnação (tulku) do venerável Dorje Zangpo e recebeu o nome de lama Shakya Zangpo. Texto Anterior: Sacerdote dá curso e palestra em SP Próximo Texto: Sexo entre jovens bate castidade na televisão Índice |
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