São Paulo, domingo, 4 de setembro de 1994 |
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'É um poder sem projetos'
EUNICE NUNES
"É um poder que não tem projetos", sustentou o desembargador Antonio Cezar Peluso, do Tribunal de Justiça de São Paulo. "O Poder Judiciário está sempre atrás dos acontecimentos", lembrou Dalmo Dallari. Ele citou a proposta do controle externo do Judiciário, levantada durante a revisão constitucional. "Depois que surgiu a questão do controle externo, o Judiciário discutiu, criticou, tomou uma posição. Mas não teve a iniciativa de apresentar um projeto ao Congresso que apresente melhorias estruturais", disse. Para Dallari, está na hora de o Poder Judiciário elaborar um projeto de lei que altere as normas processuais em vigor. "A Justiça não pode ficar passiva frente ao problema dos recursos meramente protelatórios que a tornam tão lenta." Clito Fornaciari, presidente da AASP, lembrou que há casos em que os magistrados dificultam a interposição de recursos ao Supremo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de Justiça. "Com esse procedimento, os juízes obrigam as partes a discutir formalidades. Os próprios magistrados adotam atitudes que postergam a solução do conflito", disse. Texto Anterior: Movimento quer melhorar desempenho do Judiciário Próximo Texto: 'Cursos são formalistas' Índice |
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