São Paulo, domingo, 4 de setembro de 1994
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Importadoras de veículos criam 3.800 vagas

MARIA SANDRA GONÇALVES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Quase 3.800 empregos vão surgir ainda este ano com a inauguração de novas revendas de veículos importados.
São vagas para gerentes, vendedores, técnicos em mecânica e eletrônica, pintores, funileiros, borracheiros, estoquistas, secretárias, recepcionistas, telefonistas e contínuos.
Emílio Julianelli, 49, presidente da Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores), conta que hoje existem no Brasil 620 concessionárias de carros importados.
"Elas geram 25 mil empregos diretos. Até o final do ano, deveremos ganhar outras cem revendedoras e, com isso, ampliar bastante o número de empregos ", afirma.
Atualmente a Abeiva reúne 26 importadoras. Julianelli diz que esse número deve crescer com o lançamento de novas marcas no mercado brasileiro.
A Jaguar e a Chrysler são duas das novas marcas com lançamento previsto para o final de outubro, durante o Salão do Automóvel.
A maioria das concessionárias procura vendedores especializados na comercialização de veículos ou que já tenham experiência em venda de produtos mais sofisticados.
Conhecimento de línguas estrangeiras, formação universitária e boa apresentação pessoal também são requisitos que contam pontos para obter um emprego nas revendedoras de importados.
Em geral, a remuneração fixa do vendedor não é alta. O que engorda os salários são as comissões sobre as unidades vendidas –em média, 3% do valor do carro.
Técnicos em mecânica ou eletrônica, borracheiros, funileiros e pintores também são profissionais valorizados pelas concessionárias.
Cada vez mais as marcas se preocupam em dar ao cliente bons serviços de pós-venda e, para isso, exigem profissionais bem preparados nessa área. A formação específica em cursos técnicos é indispensável.
"Em geral, os cursos técnicos não tratam de componentes eletrônicos. Mesmo as melhores escolas profissionalizantes ainda não têm equipamento adequado", diz ele.
Por isso, profissionais com boa formação tecnológica têm mais chances de progredir. "Os que se destacam fazem especialização na própria Honda", afirma.
Na Mitsubishi, todo o pessoal técnico passa por cursos no Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). Os vendedores também recebem treinamento para conhecer o produto e aprender técnicas de venda.

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