São Paulo, domingo, 4 de setembro de 1994
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Assessor de rei é condenado

Tek Nath Rizal, um ex-componente da Assembléia Nacional do Butão e do Conselho de Assessoria do Rei, foi condenado à prisão perpétua em novembro de 1993 por "atos de traição".
Detido há mais de quatro anos – desde novembro de 1989–, ele aguardava julgamento. A Anistia Internacional considera-o um prisioneiro de consciência.
Rizal já havia sido preso em meados de 1988, por denunciar ao rei práticas adotadas no censo daquele ano que, segundo ele, ocasionariam a perda da cidadania e do direito de voto de habitantes de fala nepalesa do sul do país. Tek Nath Rizal foi libertado após três dias, mas expulso do Conselho de Assessoria do Rei.
No Nepal, junto a outros butaneses do sul, fez campanha contra política de "integração cultural" do governo do Butão.
Detido no Nepal, em 1989, ele foi entregue às autoridades butanesas. O Tribunal Superior de Timphu, no Butão, considerou Tek Nath Rizal culpado de traição.
Embora o rei Jigme Singye Wangchuck tenha concedido perdão a Tek Nath Rizal, isso ficou condicionado a que os governos do Nepal e do Butão chegassem a um acordo sobre os butaneses de fala nepalesa refugiados no Nepal. Tal acordo ainda não foi realizado.
Apelos pedindo a libertação de Tek Nath Rizal devem ser mandados a:
His Majesty,
King Jigme Singye Wangchuck
Thimphu
Buthan

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