São Paulo, domingo, 4 de setembro de 1994
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Sérvios voltam a negar garantias para visita do papa a Sarajevo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Líderes sérvios da Bósnia se recusaram ontem mais uma vez a garantir a passagem segura de João Paulo 2º durante sua visita a Sarajevo na próxima quinta-feira.
"Os sérvios não podem assumir a responsabilidade por possíveis incidentes", afirmou Aleksa Buha, ministro das Relações Exteriores da autoproclamada República Sérvia da Bósnia.
Buha disse que a visita é indesejável e "ainda está no ar".
Líderes bósnios, por sua vez, pediram às forças da ONU que garantam a segurança do papa.
"A chegada do santo padre é um evento histórico excepcional para a Bósnia-Herzegóvina e para Sarajevo", afirmou Ejup Ganic, vice-presidente da federação croata-muçulmana da Bósnia.
"Estamos pedindo às Forças de Proteção da ONU (Unprofor) que abram todas as estradas para possibilitar que os croatas da Bósnia assistam à missa", disse Ganic.
Sarajevo está virtualmente isolada do exterior, exceto por vôos humanitários da ONU e por uma estrada na montanha, sob fogo cerrado da artilharia sérvia.
Embora predominantemente muçulmana, a população da cidade tem uma significativa minoria católica de cerca de 20 mil pessoas.
Palestinos
O papa João Paulo 2º anunciou ontem ao receber bispos do Oriente Médio que é iminente a abertura de "relações oficiais" entre o Vaticano e "representantes do povo palestino".
O papa também confirmou que deseja visitar a Terra Santa. Em dezembro passado, o Vaticano estabeleceu relações diplomáticas com o Estado de Israel.

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