São Paulo, domingo, 4 de setembro de 1994
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Revendas pregam redução de imposto

DA REPORTAGEM LOCAL

A maioria dos revendedores do país é contra a idéia do simples aumento da alíquota do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) nos "populares".
A proposta do governo visa diminuir o ágio nesses modelos, através da redução da demanda.
"Seria uma quebra de contrato por parte do governo", reclama Bruno Caltabiano, presidente da Abradif (revendas Ford).
Entre as montadoras, a Fiat já anunciou que vai recorrer à Justiça se a alíquota do imposto subir.
Uma facção de concessionários, porém, prega que o aumento do imposto só será bem aceito se vier com uma redução de imposto nos outros modelos. Assim, seriam aplicadas alíquotas diferentes para carros de 1.000 cc (10%), 1.800 cc (15%) e 2.500 cc (20%).
O argumento dos revendedores é que o governo não perderia arrecadação. Ganharia nos modelos "populares" o que perderia nos outros carros.
Eles alegam também que a carga tarifária hoje é abusiva. "Não dá para cobrar 54% de imposto sobre um carro quando a média mundial é 15% e nos EUA é de 4%", afirma Caltabiano.
Para a Anfavea (associação das montadoras), a cobrança desigual do IPI (0,1% para os "populares" e 25% e 30% para os demais) é o responsável pelo excesso de demanda dos "populares".
O preço do "popular" mais alto (Mille ELX 1.0 4p) é de R$ 8,13 mil. O carro básico mais barato não sai por menos que R$ 10,6 mil (Uno S 1.5 2p a álcool).

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