São Paulo, segunda-feira, 5 de setembro de 1994
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Contrabando já gira cerca de US$ 120 mi

MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os brinquedos contrabandeados que entram hoje no país movimentam US$ 120 milhões por ano, o dobro das importações legais, segundo a Abriq (Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos).
A maioria dos produtos importados são fabricados na China e chegam ao Brasil com preços mais competitivos do que os nacionais.
"Alguns brinquedos importados custam muito mais barato do que a própria matéria-prima para produzí-los aqui", diz Celso Dedivites , vice-presidente da Glasslite.
Além da mão-de-obra mais barata, os brinquedos fabricados na China contam com uma grande isenção de impostos, diz Emerson Kapaz, presidente da Abrinq.
A concorrência do contrabando assusta a indústria nacional. Prova disso que a Abrinq já estuda em conjunto com o setor de bebidas, cigarros, eletrônicos e informática medidas para cercear o trânsito desses produtos.
As importações legais também são uma pedra no caminho. O argumento dos fabricantes brasileiros para convencer as lojas a optar pelo seu produto é de que nem todos os brinquedos que vem de fora têm o selo de qualidade. Também não contam com assistência técnica e garantia.
"Estamos importando brinquedos que não competem com a produção nacional. São artigos infláveis e miniaturas que não existem aqui", afirma Luiz Elísio de Melo, superintendente de compras da Lojas Americanas.
A decisão de aumentar o volume dos importados foi resultado da boa aceitação que os produtos tiveram no ano passado.
(MCh)

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