São Paulo, segunda-feira, 5 de setembro de 1994 |
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ELAS BATEM UM BOLÃO
LARISSA PURVINNI
"Queremos reunir um grupo grande de garotas para garantir os coletivos", diz o técnico Luiz Nobuki Morisawa, 30. Segundo ele, para vestir a camisa do Timão as garotas devem ter força de vontade e entender de futebol. Não é preciso ser corintiana (veja texto abaixo). A idéia surgiu quando o presidente do Corinthians, Roberto Dualibi assistiu uma exibição de Milene Domingues, 15. Milene joga futebol desde cedo e é capaz de fazer 1.080 embaixadas. Ela é a capitã e ficou encarregada de montar o time. A garota se diz apaixonada pelo esporte. "Ajudo minha mãe a limpar a casa e vou jogar bola." Além das embaixadas, ela é craque em fazer gols com bola parada. Dos seus últimos cinco gols, três foram deste tipo. O time-base do Corinthians é o time de futebol de salão da agência de modelos Flash Book, que participa este mês do campeonato organizado pela Federação Paulista. O técnico garante que as garotas são ótimas jogadoras. "Em jogo de mulher, onde está a bola, está todo mundo, mas com elas isso não acontece." As craques treinam uma vez por semana, durante duas horas, no Clube Piratininga. As jogadoras dizem que já enfrentaram preconceito. A centroavante Mariana Ares de Parga, 19, conta que era chamada de "irmã da Ana Machadão". "Hoje quando digo que vou para o treino de futebol as pessoas acham legal", diz. Mariana já praticou tênis e fez balé, mas diz que prefere mesmo o velho e bom futebol. Cecília Danielle Simão Merillo, 14, também trocou o balé pelo futebol. "Eu não gostava muito. Preferia sair para jogar futebol com meus irmãos." O gosto por futebol é de família. Sua irmã, Simone Lindaura Merillo, 17, é a goleira do time. "Prefiro jogar na linha, mas me dou bem no gol." Texto Anterior: Terceiro LP do Blur é aclamado pela crítica como disco do ano Próximo Texto: 'Traidoras' torcem pelo São Paulo Índice |
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